QuadroDoMovimentoEspíritaAtual:

#DivisãoDoutrinária:
Espíritas Místicos:
Encaram o espiritismo como mais uma religião (no sentido usual do termo). Podem dividir-se em evangélicos (chiquistas, divaldistas, rustenistas, etc) e esotéricos (armondistas, ramatisistas). São a maioria.

Espíritas Ortodoxos:
Encaram o Espiritismo como uma ciência de observação e uma filosofia de consequências morais. E uma religião no sentido filosófico do termo (como definido por Kardec). Para eles a doutrina espírita está contida apenas nas 32 publicações de Allan Kardec, sendo as demais obras apenas complementares. Tem sérias críticas aos trabalhos mediúnicos brasileiros, por conter diversas contradições com as obras fundamentais de Allan Kardec. O espiritismo é uma doutrina cristã. Também podem denominar-se kardecistas puristas. Lutam pela preservação da pureza doutrinária.

Espíritas Livre Pensadores:
Não são um grupo homogêneo. Pensam diferente em diversos temas e não há concordância entre os diferentes adeptos. Normalmente eles tem uma tendência forte ao pensamento laico, rejeitando qualquer relação com o termo religião e por vezes com o aspecto cristão da doutrina. Também tem uma forte tendência ao progressismo.

#DivisãoPolítica:
Espíritas Progressistas:
Tem um pensamento voltado ao espectro da esquerda e acreditam que a caridade deve ser vista não apenas do aspecto individual, mas também do aspecto da justiça social. Colocam muita das vezes Kardec ligado ao socialismo utópico que era anterior ao marxismo.

Espíritas Conservadores:
Tem um pensamento voltado ao espectro da direita. Acreditam que Kardec tinha uma visão mais liberal (liberalismo clássico) por conta de sua visão à respeito da igualdade absoluta, que julgava impossível, e da propriedade como direito natural. Contudo, a maioria julga melhor não misturar a doutrina com política partidária.

Espíritas Neutros:
São aqueles que julgam que o Espírita não deve se envolver em assuntos políticos e que o melhor é 
promover a caridade. Julgam que pensar em política pode ocasionar divisões, que julgam ser deletérias. 



Comentários

  1. Eu estava pensando nas divisões que existem hoje no movimento espírita e cheguei nesse quadro explicativo. O que acham? Como vocês dividiriam? Lembrando que o quatro é apenas uma sugestão didática e que não necessariamente eu concordo com o uso que certos termos tomaram ultimamente ou que essas divisões devam existir. Uso no sentido que eles estão sendo usados. E o post também não tem a proposta de ofender nenhum grupo. Para ver maior basta clicar na foto. E claro, sendo uma divisão didática, pode haver pessoas que estejam entre as diferentes categorias e que tenham elementos de mais de uma delas.

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  2. O sentido de livre pensamento usado hoje por alguns me parece diferente daquele usado por Kardec nesse texto: https://www.kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/901/revista-espirita-jornal-de-estudos-psicologicos-1867/6052/fevereiro/livre-pensamento-e-livre-consciencia

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  3. O quadro é descritivo e não prescritivo.

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  4. A presença de "grupos" ou "vertentes" dentro do "meio espírita" (expressão corretíssima de Herculano Pires, para se referir aos "modos de entendimento" díspares, plurais, não-conciliatórios, derivados, todos, do próprio raciocínio livre (livre-pensar, nas próprias palavras de Kardec) são, apenas e tão-somente, indicativos para que os espíritas, de per si, se reconheçam e busquem suas afinidades, dentro de um tecido social tão amplo. Relembremos que, diante destas - e de muitas outras nomenclaturas adjetivas - Kardec já havia alertado para os "cismas", representando as motivações de "duelo" e busca de proeminência - umas em relação às outras - a partir de conformações e "disputas de poder" (humano-temporal). O Espiritismo é um só, sua força está na Filosofia (e não na Religião, tampouco na - inexistente - ciência espírita, já que esta praticamente morreu com Kardec, dada a insuficiência, precariedade, obsolescência e indigente prática nas instituições espíritas brasileiras e mundiais, salvo raríssimas exceções - e, estas, frise-se, para nuances científicas distantes da completude filosófico-científica de Rivail-Kardec e da SPEE. Assim, enunciar as diferenças pode ser útil do ponto de vista sociológico, mas inútil do ponto de vista filosófico e associativo, pois cada "banda" irá continuar tocando as "melodias" que eleger como oportunas, SEM diálogo e SEM perspectiva de "encontro" entre as vertentes. Marcelo Henrique - Espiritismo COM Kardec (www.comkardec.net.br).

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